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Tendências para o futuro da Fisioterapia

Conheça as novas perspectivas para o futuro da fisioterapia

O campo da fisioterapia está se expandindo rapidamente. A Fisioterapia tem um futuro brilhante pela frente, com um leque crescente de áreas de atuação cada vez mais diversificadas e especializadas. O profissional de hoje pode trabalhar em uma clínica, reabilitar em um hospital ou em casa, assessorar esportes, ou até mesmo dar consultoria para empresas que querem melhorar a ergonomia no trabalho e evitar lesões entre seus funcionários. O futuro profissional é aquele que não para de aprender, buscando novos conhecimentos e ferramentas para solucionar e prevenir um número cada vez maior de problemas. Acreditamos que você não quer estar atrás do volante.

A fisioterapia está em franca ascensão. Com uma gama de áreas de atuação cada vez maior, mais diversificada e especializada, o futuro da fisioterapia é muito promissor. O profissional de hoje pode dedicar-se à clínica, à reabilitação em ambiente hospitalar e domiciliar, a assessorias esportivas e, até mesmo, à assessoria para empresas que queiram melhorar a ergonoomia no trabalho e evitar lesões em seus funcionários. 

Além da procura por profissionais ter aumentado — somente em 2015, houve um aumento de 43% na procura por fisioterapeutas nos planos de saúde –, as demandas dos pacientes também se expandiram. Graças a uma maior conscientização e prática de atividades físicas, o fisioterapeuta passou a ser procurado não somente para o tratamento de lesões, mas para a prevenção delas. 

Hoje, os pacientes entendem que prevenir é tão importante quanto tratar e buscam nos profissionais da área alternativas para poder incorporar os novos hábitos em sua rotina de forma segura. Nesse contexto, a figura do fisioterapeuta deve atuar como guia e orientador. Para nos ajudar, a tecnologia está cada vez mais presente, fornecendo ferramentas indispensáveis para o cuidado integral de nossos pacientes.

Por isso, trouxemos alguns exemplos de tecnologias que são indispensáveis para você. Acompanhe!

Inovações tecnológicas para tratamento, diagnóstico e prevenção

Você conhece essas novas tecnologias? Já se perguntou se seu consultório está atualizado para essa nova realidade? O fisioterapueta de sucesso no futuro precisa estar atento a essas novidades.

Biofeedback eletromiográfico

Esta nova tecnologia auxilia o paciente no fortalecimento e também na percepção muscular. Ela consiste em captar o sinal elétrico proveniente das fibras musculares durante a contração e transmitir este sinal ao software do programa. O sinal, então, com auxílio de recursos auditivos e sonoros, ajuda o paciente a melhor executar o exercício. Com isso, ele aprende a ter um controle maior de sua musculatura, isolar grupamentos musculares, quantificar as contrações e ajustar possíveis desequilíbrios. 

Eletromiografia de superfície

Monitora e registra a atividade elétrica do músculo durante uma contração. Antigamente, era usada para estudar a incidência de fadiga muscular, enquanto hoje serve também para avaliar a função do músculo, identificar a predominância das fibras musculares, entre outras funcionalidades. Ela nos fornece informações valiosas sobre tempo de contração e intensidade. A eletromiografia é muito indicada para avaliação de mudanças posturais, reabilitação do assoalho pélvico, mapeamento de movimentos biomecânicos, fatores relacionados a picos de esforço e à participação de grupamentos musculares específicos. 

Realidade virtual

Com a ajuda de equipamentos específicos — óculos de RV e sensores –, o paciente é submetido a diversos ambientes virtuais. Enquanto os óculos projetam as imagens com a ajuda de um aplicativo no Smartphone, o sensor de eletromiografia capta os sinais elétricos musculares do paciente e permite uma interação com o ambiente virtual através das contrações de determinado músculo.

Esses são só alguns exemplos do que a tecnologia pode fazer para tornar a experiência do paciente em nosso consultório a mais agradável possível. O futuro da fisioterapia está atrelado à tecnologia.

O profissional do futuro é aquele que nunca deixa de inovar, buscar conhecimento e ferramentas novas para resolver e prevenir um número cada vez maior de problemas. Acreditamos que você não queira ficar pra trás.

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Como a fisioterapia contribui na redução das dores

Ao longo dos tempos, os seres humanos têm enfrentado inúmeras mudanças não apenas em seu estilo de vida, mas também na realização de suas tarefas diárias. Um problema comum, provavelmente já experimentado por você, são as incômodas dores.

Então, você já refletiu sobre como essa sensação pode prejudicar seu desempenho? Atualmente, existem várias maneiras de mitigar e lidar com esses desconfortos.

Frequentemente, esses desconfortos surgem devido a falhas no nosso corpo e à forma como nos posicionamos durante as atividades diárias, seja no trabalho ou em afazeres domésticos. Esses sinais iniciais alertam sobre algo fora do equilíbrio.

No passado, as pessoas sofriam menos com esses problemas e raramente ficavam doentes. Contudo, hoje vivemos num ambiente repleto de desafios, levando as pessoas a adoecerem mais facilmente e, muitas vezes, tornarem-se prisioneiras de seus próprios corpos.

A dor é um dos problemas mais difundidos mundialmente. Inicia-se de forma leve, porém, se negligenciada, pode se tornar perigosa.

Estimativas indicam que cerca de 1,5 bilhão de pessoas enfrentam dor crônica diariamente globalmente. Aproximadamente 32% da população mundial lida com esse mal, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, estima-se que 60 milhões de cidadãos convivem com algum tipo de dor persistente por mais de três meses.

Essa crescente de dores nos últimos anos está relacionada às grandes mudanças na rotina, não apenas no aspecto pessoal, mas principalmente no trabalho, onde estresse e depressão se tornaram fatores primordiais para problemas mentais.

Considerando esse cenário crítico, é crucial avaliar e estudar cuidados para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

Agora que você tem um panorama desse problema, vamos explorar o real significado da dor para nosso corpo. Continue a leitura e descubra mais sobre os vários tipos de desconforto!

Qual a relevância do papel do fisioterapeuta no tratamento das dores?

Além do médico diagnosticar os sintomas, o fisioterapeuta é um profissional capacitado para lidar com essas situações.

Eles realizam uma avaliação detalhada para identificar a queixa do paciente e desenvolvem um plano de tratamento específico, estabelecendo metas para reduzir o quadro clínico e fortalecer a área afetada. O objetivo é impedir a progressão da doença e orientar sobre atividades diárias sem causar desconforto ou restrição nos movimentos.

O que é dor e qual o seu significado?

A dor é uma sensação complexa e subjetiva, variando de pessoa para pessoa. Nem sempre o que é doloroso para alguém é para outro. Essa experiência única é influenciada pelo contexto emocional, podendo intensificar ou minimizar o desconforto.

É uma resposta de defesa do corpo, mas pode funcionar de maneira excessiva, resultando em dor crônica. Quando o cérebro interpreta que a dor persiste, torna-se mais sensível aos estímulos, aumentando a percepção de dor.

Conforme a Associação Internacional para o Estudo da Dor, ela é “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a danos reais ou potenciais nos tecidos.” Indica um risco para o organismo.

Por que sentimos dores?

A dor, de origem Central e Periférica, envia sinais ao cérebro para alertar sobre a necessidade de correção imediata. É uma sensação subjetiva moldada pelas primeiras experiências de vida, determinando a percepção do desconforto.

Está relacionada aos hábitos diários, longevidade, ambiente e é caracterizada por frequência, causa, localização, duração, qualidade e intensidade.

Os tratamentos para dor são variados, dependendo da causa. Medicamentos, fisioterapia, acupuntura, entre outros métodos, são utilizados para alívio.

Prevenir é essencial para o bem-estar, com práticas como aliviar tensões, manter boa postura, sono adequado, exercícios moderados e alongamentos ao permanecer muito tempo na mesma posição.

Existem diversos fatores desencadeadores de dores, como nervosismo, má postura, esforço repetitivo, estresse, entre outros.

Como tratar as dores?

Tratar a dor crônica é crucial para evitar queda na qualidade de vida, desânimo, depressão, entre outros impactos negativos. Os tratamentos incluem exercícios físicos, fortalecimento muscular, fisioterapia, medicamentos e, em último caso, cirurgia.

O papel dos profissionais de saúde na redução das dores

Profissionais de saúde têm o dever de prevenir, cuidar e orientar na melhoria da qualidade de vida, fornecendo funcionalidade nos movimentos diários e longevidade. Programas como o “Cuidando de sua Coluna” buscam alertar sobre o crescimento das queixas relacionadas à coluna vertebral, destacando a importância de orientações de fisioterapeutas, nutricionistas e educadores físicos para fortalecer a musculatura da coluna.

A preocupação com os músculos é primordial, pois seu enfraquecimento pode indicar problemas físicos. Exercícios focados na correção postural, respiração, além de alongamentos e fortalecimento muscular, ajudam a minimizar desconfortos e prevenir lesões.

Conclusão

É desafiador conscientizar sobre a importância dos cuidados com dores, as quais afetam diretamente a vida das pessoas, contribuindo para problemas como depressão e absenteísmo no trabalho.

A boa postura é fundamental para prevenir dores nas costas e problemas na coluna. Aliar bons hábitos, exercícios bem orientados e atenção às atividades diárias é crucial para uma saúde plena.

Não esqueça: exercícios regulares são essenciais para prevenir agravamento de lesões existentes e futuras. Uma postura correta não apenas demonstra elegância, mas também fortalece a saúde.

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Pilates e Mobilização Miofascial no tratamento da dor lombar crônica

A nossa coluna vertebral é composta por 33 vértebras. As vértebras móveis da nossa coluna são compostas por sete vértebras cervicais, doze torácicas e cinco lombares, enquanto as vértebras imóveis são compostas por cinco vértebras coccígeas e cinco vértebras sacras. Além disso, a coluna possui a função de sustentação, flexibilidade e proteção da medula espinhal; ela também é dividida em quatro curvaturas que te dão força e equilíbrio. Destas curvaturas, são duas curvaturas em convexidade a cervicais e a lombar, formando as lordose, e as curvaturas cifóticas presente na torácica e na sacrococcígea.

 Porém, a região da coluna que finaliza uma curvatura e inicia a outra geralmente é a mais móvel e mais suscetível à lesão. Logo, estas regiões compreendem a cervicotorácica, toracolombar e lombossacral da coluna. Além disso, quando essas curvas são acentuadas, elas possuem mais mobilidade, contudo, apresentam mais risco de lesão. Sendo assim, o contrário também é verdadeiro; na retificação as curvaturas tornam-se mais rígidas e também podem ser suscetíveis a lesões. Então, tanto a hipomobilidade quanto a hipermobilidade são disfunções susceptíveis a lesão.

A coluna lombar 

A coluna lombar é composta por cinco vértebras, as quais vão de L1-L5, logo, este é o segmento inferior da coluna que no plano sagital podemos verificar uma lordose, que é a curvatura da coluna lombar. As vértebras lombares possuem uma característica anatômica própria. Assim, estas vértebras possuem corpos vertebrais grandes e reniformes, forames vertebrais triangulares, pedículos e lâminas curtas e espessas. Além disso, as facetas superiores das vértebras são côncavas, voltadas para póstero-medial, enquanto as facetas inferiores são convexas voltadas para a anterolateral. Dessa forma, essas características anatômicas das vértebras lombares fazem com que essa região suporte mais cargas. 

A amplitude de movimento da região lombar é ampla em flexo-extensão variando de 8 a 20° nos vários níveis vertebrais. Ela é capaz de realizar flexão lateral de 3° a 6° graus e 1 a 2° graus de rotação. No movimento de flexão ocorre um deslizamento da região superior de uma vértebra sobre a outra ocasionando tensão nos ligamentos longitudinais posteriores e inter e supraespinhosos. Também, a força de compressão gerada por uma flexão prolongada da coluna lombar faz com que o núcleo pulposo migre para trás podendo ocasionar herniações, prolapsos e, consequentemente, dor.

Porém, quando ocorre a extensão da lombar, ocorre também a extensão do quadril, com alongamento dos músculos flexores de quadril e ligamentos capsulares. Em indivíduos com hiperlordose lombar (aumento da curvatura lordótica), durante esse movimento de extensão ocorre um aumento de contato das facetas articulares, o que gera mais pressão e compressão no ligamento interespinhoso, gerando dor lombar.

A articulação da lombar

A articulação lombossacral é uma junção importantíssima para promoção dos movimentos inerentes a essa região. Esta articulação é o mais móvel nesta região responsável por grande proporção de flexo-extensão. Além disso, nessa articulação pode ocorrer 75° de flexão e extensão, 20 graus restantes de L4-L5 e 5% nos outros níveis. Já na flexão de tronco, a atividade máxima lombar se dá nos 50 a 60 graus de flexão, após esse período ocorre a retificação das lombares e a rotação pélvica predomina na execução do movimento. Portanto, ao tratar um paciente, o terapeuta deve estar atento ao processo de avaliação e entender a disfunção e todas as interconexões desse corpo. São os desequilíbrios nesses sistemas que geram dor lombar, a qual vem acometendo cada vez mais a população.

Sobre dor lombar crônica

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Dor lombar crônica é uma disfunção incapacitante que vem gerando impactos na sociedade, uma vez que sabe-se que esta dor atinge cerca de 80% das pessoas em algum momento da vida. Além disso, a dor lombar acomete indivíduos geralmente na fase de vida produtiva, o que também gera grandes impactos sociais; dor lombar é a principal causa de incapacidade em indivíduos com idade entre 45 a 60 anos. A prevalência mundialmente deste tipo de dor chega a atingir cerca de 15% a 45% da população. Em 2007, esta foi a principal causa no Brasil de aposentadorias por invalidez. 

A lombalgia, ou dor lombar, é definida como dor ou desconforto abaixo do rebordo costal e acima da linha glútea superior, podendo ou não haver desconforto irradiado para membros inferiores. Caracterizada por dor que perdura por mais de três meses, a contar pelo primeiro episódio de dor aguda e pela gradativa instalação da incapacidade, muitas vezes a dor lombar pode ter início impreciso, variando com quadros de melhora e piora.

Etiologia multifatorial da Dor Lombar

A dor lombar possui etiologia multifatorial o que torna mais complexo o processo de avaliação e compreensão dos mecanismos da disfunção naquele corpo. Alguns fatores são predisponentes a dor lombar, dentre eles listamos os fatores musculoesqueléticos, como: desequilíbrios musculares, pontos de gatilhos, alterações nos discos intervertebrais, alterações na mobilidade e estabilidade, entre outros. Atualmente, se discute a dor lombar não só como resposta de uma disfunção musculoesquelética, mas também como resposta a alterações emocionais e psíquicas do indivíduo que, correlacionadas com o físico, gera repercussões e desequilíbrio entre corpo e mente.

Segundo Maia, 2015, a etiologia da dor lombar é multifatorial, composta por aspectos físicos, sociais, emocionais e psíquicos associados ao desencadeamento da dor. Embora ainda exista discordância entre pesquisadores quanto a evidência científica da etiologia da dor lombar, muitos estudos também atribuem o evento da dor a alguns fatores, tais como: sedentarismo, traumas, doenças degenerativas na coluna, disfunções viscerais, trabalho repetitivo, tumores, desequilíbrios musculares; em geral disfunções no sistema passivo (articulações, ligamentos e vértebras), ativo (músculos e tendões) e sistema neural (nervos e SNC). 

Incidência e sintomas da dor lombar crônica

A dor lombar crônica inespecífica é a mais comum, definida como dor e disfunção persistente por mais de três meses sem causa clara. Este tipo de quadro corresponde a cerca de 80 a 90% dos casos. Este tipo de dor apresenta características de alterações principalmente nos subsistemas ativo (composto por músculos, tendões, fáscia, estruturas da região ventral e dorsal do tronco) e neural. Logo, tais sistemas são responsáveis por promover estabilidade tanto em condições estáticas como dinâmicas.

Os sintomas mais comuns de dor lombar crônica relatados pelos pacientes são: dor pontual ou irradiada quando ocorre compressão neural, cansaço, rigidez muscular, alteração respiratória, dor de cabeça, vista cansada, má digestão. 

Tratamento da dor lombar crônica

O tratamento da dor lombar crônica com programas de exercícios traz resultados satisfatórios na redução da dor. Estudos comprovam que mecanismos de força, flexibilidade e mobilidade resgatam a função do indivíduo além de tratar a sua dor. Assim, alguns exercícios físicos surgem como uma estratégia de tratamento segura e eficaz para o tratamento de dores oriundas das disfunções da coluna vertebral.  

Muitas pesquisas trazem a estabilização segmentar como tratamento eficaz da dor lombar. Entretanto, o mecanismo de tratamento da dor lombar crônica não é apenas estabilização segmentar; esse mecanismo é muito mais complexo e ainda obscuro para a ciência. Sabemos que vários aspectos estão associados a essa disfunção. Porém, ainda atrelado aos aspectos físicos inerentes ao movimento, devemos levar em conta a integração dos sistemas. Assim, para entender os sistemas físicos, devemos compreender a fáscia, esse sistema de conexão que envolve músculos, tendões, vísceras e é tão importante na estabilidade, na conexão de estruturas e no movimento humano.

Pilates no tratamento da dor lombar crônica

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O Pilates tem sido bastante utilizado no tratamento da dor lombar, mostrando bons resultados, sendo assim uma estratégia bem sucedida de tratamento. De acordo com Machado, 2020, o Pilates é um recurso fisioterapêutico, que deve ser utilizado para prevenir lesões e tratar dores crônicas. Esta prática consiste na realização de exercícios físicos, que utiliza a gravidade, e recursos mecanoterapêuticos como as molas, que atuam como resistência durante a execução do movimento ou auxílio do movimento. O objetivo do Pilates é trabalhar sempre a flexibilidade geral do corpo, a força muscular, a postura e a coordenação da respiração com o movimento, portanto considerado fatores indispensáveis no trabalho da reabilitação postural.

Segundo Silva e Marinnch (2009), o Pilates é um instrumento eficaz para o fisioterapeuta no manejo da dor lombar crônica, diminuindo dor e incapacidade.Este exercício é uma das formas mais eficazes para esta disfunção, tanto a longo quanto em curto prazo. 

A Mobilização Miofascial no tratamento da dor lombar crônica

A mobilização miofascial também deve ser inserida no tratamento de dores lombares crônicas. Porém, neste tipo de tratamento, é necessário estar atento à fáscia toracolombar. A fáscia toracolombar é um complexo profundo de várias camadas aponeuróticas, formada por tecido conjuntivo denso e irregular, que detém a função de transmitir parte da força de contração muscular e fornecer resistência à tração. Já a aponeurose toracolombar é uma banda de fibras conectivas regulares e se estende da região torácica até o sacro. Este sistema pode conter resistências mecânicas e uma grande capacidade de armazenamento de energia, além de auxiliar na resistência do movimento de flexão da coluna e rotação lateral.

Portanto, quando ocorre a densificação fascial, é de suma importância o estímulo à mobilização miofascial e ao movimento, uma vez que esses estímulos podem promover a diminuição do quadro álgico. Dessa forma, a mobilização miofascial pode influenciar no deslizamento, distribuição de força, diminuição de processo inflamatório, melhorando a conexão e a correlação de sistemas e gerar um movimento mais fluido e, consequentemente, melhorar a capacidade funcional. O estímulo miofascial deve estimular a vetorialidade, a percepção de direções de movimentos diferentes, dando diversos estímulos em todos os planos de movimento.

As mobilizações miofasciais quando associadas ao Pilates podem promover excelentes resultados no tratamento da dor lombar crônica. Os exercícios com enfoque no sistema fascial podem ser executados no início, durante ou no final da aula. Dessa maneira, para este tipo de exercício podem ser utilizados o solo, acessórios como o foam roller ou os próprios equipamentos do Pilates.  

Conclusão

Portanto, sabe-se que a dor lombar crônica é uma condição bastante complexa e deve ser avaliada sistematicamente e com enfoque biopsicossocial. Além disso, estudos comprovam a importância do tratamento da dor lombar crônica através do movimento, dando estímulos a esse corpo voltados à necessidade individual de cada aluno. Compreender a integração do sistema neural, fascial e musculoesquelético é vital para elencar condutas mais assertivas, e promover a interação e restauração do equilíbrio entre eles. Logo, o método Pilates tem sido amplamente utilizado no tratamento de dores crônicas e permite agregar estímulos miofasciais durante as suas sessões.

Texto escrito por Emanuelle Lacerda- Fisioterapeuta, pós graduada em Fisioterapia neurofuncional, doutoranda em saúde pública, docente de cursos de graduação e pós graduação. Formação em Pilates clássico e contemporâneo.